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segunda-feira, 10 de março de 2014

Carta para a mamãe

Somente mais uma carta de amor.




Pois bem, vejamos a que patamar chegamos.
Estamos todas enlouquecendo. E você sabe disso. Só não quer enxergar.
Já tentei te entender. 
Tentei enxergar como você pensa. 
Tentei ignorar. 
Aceitar de uma vez por todas suas diferenças e apenas te amar.
Te amar. Te amo. Te amei. E sempre te amarei.
Você é a minha mãe.
A minha guerreira.
A minha rainha.
O meu porto seguro.
O meu chão.
O meu espelho.
A minha proteção. 
E a quem eu tenho que proteger.
A pessoa que nunca me abandonou.
Sei que seus últimos 17 anos de vida foram totalmente dedicados a mim.
Sei que você abdicou de suas vaidades, seus egoísmos e até mesmo de seus sonhos para realizar os meus.
Você acha que eu não enxergo não é?
Eu sei que tenho sido a pior filha que eu poderia ser. 
Mas nenhuma de nós tem feito as coisas da maneira certa. Você consegue entender?
Já tentei te falar. De forma grosseira, arrogante. Gentil. 
Tentei usar as palavras certas, mas você não consegue entender.
Mãe, eu tenho sonhos.
Sonhos muito diferentes dos seus.
 Mas continuam sendo sonhos. Sonhos brilhantes. Sonhos bonitos.
Eu quero apenas que confie em mim. Acredite no meu potencial.
Eu posso ter mudado.
Afinal é isso que as pessoas fazem durante toda a vida. Mudam. Tentam melhorar.
Mas mãe, meu coração não mudou.
Continuo sendo aquela bebê que você segurou nos braços pela primeira vez no dia quatorze de março de mil novecentos e noventa e sete.
Continuo sendo aquela garota destemida, e até mesmo insana, que não tem medo de enfrentar ninguém para proteger a você e a minha irmã.
Eu amo vocês mais que qualquer outra coisa nessa vida.
Vocês são as únicas pessoas que sempre estiveram comigo.
As únicas com as quais eu sempre pude contar.
Não me abandone agora.
Eu preciso de vocês.
Eu amo vocês.

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