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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Qual o valor do dinheiro?



Que o dinheiro nos proporciona bons momentos, não podemos negar.
E que ele é, um bem ou mal, necessário também não à como discutir.
O problema é que as pessoas têm aberto mão de TUDO em busca do dinheiro.
Não só de bens físicos como também de traços da própria personalidade e laços de sentimento, que embora muitos discordem faz mais falta do que parece.
Quando você passa por cima de amizades, amores, sonhos pessoais, objetivos de vida, caráter e dignidade por causa do dinheiro, aí as coisas estão passando dos limites.
Vivemos numa era totalmente capitalista onde as pessoas só pensam em consumir.
Criar. Consumir. Evoluir. Tecnologias. Consumir. Novidades. Consumir.
É muito complicado não seguir esse modelo consumista que nos é imposto, quando nascemos dentro dele.
Entender que há coisas mais importantes do que juntar um monte de tralha dentro de casa é algo muito mais que complexo.
Já dizia meu professor de sociologia: "o ser humano é um ser cultural".
Crescemos, aprendemos e digerimos tudo que nos é ensinado, e a partir daí criamos nossos conceitos e preconceitos.
É preciso muita leitura, estudo e muito trabalho com sigo mesmo para conseguir distinguir suas prioridades, vontades, seus gostos e colocar o dinheiro no patamar certo.
Se chegarmos hoje para uma criança de uns dez anos, por exemplo, e perguntarmos para ela o que ela gostaria de ser quando crescer, a chance de ela dizer que quer ser uma médica, engenheira ou advogada é de pelo menos uns cinqüenta por cento, eu diria. E isso não vai apenas do fato de que ela pode ter desenvolvido o gosto por alguma dessas profissões durante sua infância, mas principalmente da influência que essa criança, provavelmente, deve sofrer não só da família mais também de toda a sociedade. E digo isso por experiência própria e depois de muita observação.
É de praxe assistir em algum filme ou novela, por exemplo, algum caso de uma mulher ou homem "viciado em trabalho". Normalmente se trata de alguém muito bem posicionado profissionalmente, com condições financeiras ótimas, mas que não vive e não utiliza de seu dinheiro, e conseqüentemente, dos benefícios que esse dinheiro poderia os proporcionar.
Como dizem por ai "a arte imita a vida, ou a vida imita a arte".
E esses casos só mostram mais uma evidencia do que ocorre cada vez mais no mundo de hoje.
As pessoas se deixam levar pela rotina, pela ganância de nunca se contentar com o que tem, de querer sempre mais, e se deixam levar.
 Essas pessoas se tornam pessoas mal humoradas, desgostosas com a vida, pessoas amargas.
Dai nesses mesmos filmes essas pessoas amargas encontram pessoas pobres, que não tem bem algum, e que provavelmente nunca terão nem um terço do que eles tem, e elas não compreendem o motivo da felicidades dessas pessoas.
As pessoas acham, e quando digo 'pessoas' me incluo nesse grupo, que somente coisas materiais são o suficiente, que tudo que se trata de sentimentos é psicológico e é frescura, bobeira, coisa de quem não tem o que fazer.
E nessa correria do dia a dia, das cidades grandes, da corrida contra o relógio, da busca incessante pelo dinheiro, ou pela felicidade, ou pelos dois, nem dez por cento dessas pessoas gastam nem cinco minutos de suas vidas repensando sobre as coisas que tem feito.
Sobre seus sonhos da adolescência. Sobre seu verdadeiro amor. Sobre aquela viagem que nunca aconteceu. Ou sobre o "eu te amo" que deveria ter sido dito para o seu pai mas "ficou para o outro dia"
E nisso a vida vai passando e a gente se esquece de entender que talvez o "outro dia" nem vá chegar.
O dinheiro é importante sim, e mais que importante ele é necessário.
O que não vale à pena é esquecer-se de você, e do que você realmente quer para sua vida, para viver em função do dinheiro.

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