Aiai, aquele moço.
Qual foi a primeira vez que o vi?
Nem me lembro.
Me lembro menos ainda de quando ele começou a ser tão importante na minha vida.
Não. Eu nunca falei com ele.
Sei apenas seu nome.
Sei também aonde ele trabalha.
E posso te contar um segredo?
Faço questão de passar por aquela rua sempre, só pra me sentir mais próximo a ele.
Mas nunca tenho coragem de entrar na loja em que ele trabalha.
Há, sei também seu telefone.
Isso eu devo ao facebook.
obrigada tecnologia.
Mas de qualquer forma não vou ligar.
Vou a praça quase todos os dias porque sei que ele também vai.
Dou uma volta, o observo e sento na mesma mesa de sempre.
Não consigo ir embora antes que ele vá, meu coração não deixa.
Criei apelidos pra ele.
É mais fácil de se comunicar com minha irmã usando esses apelidos.
Falando nisso, obrigada mana por me dar a localização dele na praça todos os dias que vamos lá.
Ela o observa pra mim.
Tenho medo que ele perceba que eu estou o encarando.
E esse deve ser o terceiro ou quarto texto que escrevo pra ele.
É incrível. Nunca tinha escrito nada pra ninguém.
Admito, pela 123.223.435 vez, que me sinto uma idiota escrevendo sobre isso, mas não a nada mais que eu consiga escrever.
Toda vez que toco no teclado é sobre ele que quero falar.
Eu não sei se ele já me enxergou alguma vez.
Ou se ele imagina que o que eu sinto por ele possa ser tão grande quanto é.
Queria poder dizer isso para ele mas minha consciência não deixa.
Ela ta cansada de sofrer.
Enquanto isso meu coração despedaça.
Quero ir com calma, ter certeza que não vou me arrepender.
Enquanto isso os textos vão surgindo,
As palavras vão aparecendo,
talvez elas falam melhor que eu.
Quem sabe um dia desses eu o escreva.
Pode ser uma boa ideia.
Vou tentar.
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