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domingo, 23 de fevereiro de 2014

O primeiro dia de aula






Já estamos no final de fevereiro e, oficialmente, as aulas já começaram faz um bom tempo, mas para ela é o primeiro dia.
Agora ela vai estudar à noite e essa é a maior novidade.
Ela não contou para ninguém que voltou a estudar na cidade, está com vergonha.
Era uma terça feira e ela nem estava ansiosa. Pelo menos até faltar menos de uma hora para ela ir.
Escolheu sua roupa predileta.
Arrumou o cabelo, preso como sempre.
Usou maquiagem, à quanto tempo não se arrumava assim.
Escolheu uma bolsa marrom ao invés da mochila laranja de sempre, e ainda amarrou um lenço do lado. Ficou até legal, admito.
Seus óculos dourados estilo aviador e lá vamos nós.
Colocou seus fones de ouvido e foi embora.
O coração começou a apertar.
Pegou uma rua paralela ao colégio, ela ainda não quer que ninguém saiba que vai estudar ali.
Chegou cedo demais. 10 minutos pro portão abrir.
Começa a trocar mensagens com a irmã, quer que o tempo passe mais rápido, mas a irmã não reponde.
Então avista uma antiga colega de classe, fica em duvida entre admitir que vai estudar lá ou ser humilde e ir pedir informação.
Ela vai.
Foi uma boa escolha.
A colega à ajuda a encontrar a sua sala. Mostra seu horário.
Ela é a primeira a chegar. Certas coisas nunca mudam.
Sua primeira aula, do ano e do dia, é de filosofia.
É, parece que era seu dia de sorte.
O professor era um gato, e é difícil se concentrar assim, ainda mais pelo fato de ele falar extremamente baixo.
A segunda aula, educação física. É talvez não fosse um dia de tanta sorte assim.
Era um professor antigo dela, que não só se lembra de onde ela estudará com ele mas também de seus sobrenome e seus méritos antigos.
Ela até arrisca um pouco de vôlei e nem se sai tão mal assim.
Intervalo.
Ela até já fez amizade.
Ok, nem precisa exagerar, ela tem uma colega agora.
 A garota mais estranha da classe. Ela deve se identificar.
Todo mundo olha para ela. Normal, aluna nova, ela pensa.
Riem, cochicham, fofocam. A garota estranha do seu lado deve piorar a situação, ela acha.
Mas não pode expulsar a única pessoa que a está ajudando a se adaptar, ela concorda.
Pelo menos a impressão que ela deve estar causando nem é tão ruim assim, afinal ela até está bonitinha, admite.
Está meio embaraçada e bem enrolada, mas isso é normal.
O intervalo acaba.
E a última aula, de sociologia. Ok. O dia não está nada mal.
Também professor antigo, matéria fácil.
A aula acaba.
Foi bem mais fácil do que ela achava.
Dá uma desculpa para não ir embora com a esquisita. Não é o certo, ela te ajudou, mas não a nada a se fazer.
Vai embora sozinha.
Ela até gostou.

to be continue...



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