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domingo, 30 de março de 2014

Transtorno de Compulsão Alimentar


Hoje o texto é informativo.









Com essa tal de internet é impossível  não notar como tudo virou modinha. 
O problema é que isso é um problema de verdade. 
Uma doença.
 E a galera da juventude não acredita mais nisso. 
Principalmente quando o lance é ligado ao psicológico a tendência é não levarem muito a sério.

Se minha opinião/informação vai mudar alguma coisa?

Eu não sei. Mas pelo menos não custa nada tentar.




O que é?


A compulsão alimentar é caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos, perda de controle sobre o que está sendo ingerido e em que quantidade.



É um transtorno alimentar comum, em que um indivíduo consome regularmente uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou constantemente, mesmo quando não tem fome ou se sente fisicamente desconfortável por comer tanto, acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. 
Ao contrário dos bulímicos, quem come compulsivamente não purga depois de comer em excesso, nem pratica com frequência exercício em excesso na tentativa de queimar calorias.
Além da sensação de perda de controle e da quantidade de alimento consumido a compulsão alimentar frequentemente também é acompanhada por sentimentos de angústia subjetiva, incluindo vergonha, nojo e/ou culpa. 
Os pacientes possuem auto estima mais baixa, tem um locus de controle mais externo e preocupam-se mais com o peso e a forma física do que outros indivíduos que também possuem sobrepeso mas não possuem o transtorno.
 Das pessoas com esse transtorno, 78.9% possuem algum outro diagnóstico psiquiátrico de eixo I (como depressãotranstorno bipolar e/ou transtornos de ansiedade). 
A compulsão alimentar pode ser diagnosticada em pessoas de diferentes faixas etárias, classes sociais e de ambos os sexos. 
Sua principal consequência é o aumento de peso, que acaba por se tornar prejudicial em outras dimensões da saúde do indivíduo.
O transtorno de compulsão alimentar é habitualmente reconhecido por outros devido aos hábitos alimentares de um indivíduo, tais como:

● Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome;
● Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado;
● Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço;
● Esconder comida para episódios de voracidade;
● Esconder embalagens vazias ou caixas de alimentos e gerar lixo em excesso;
● Comer constantemente enquanto houver comida disponível;
● Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído/a;
● Sentir-se subjugado/a, envergonhado/a e/ou culpado/a durante e/ou depois de um episódio de voracidade;
● Exprimir repugnância em relação a hábitos alimentares, peso, corpo ou aparência;
● Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto estima.




Diagnóstico


Comer demais, sem vontade, engolir rápido e sentir culpa são sinais.



 Os critérios de diagnóstico incluem episódios cíclicos de alimentação em excesso e sensação de perda de controlo durante os episódios.
Episódios de compulsão alimentar  tem pelo menos três das seguintes características: 
Comer depressa, comer até atingir mal-estar físico, comer quando não se tem fome, comer sozinho ou ter sentimentos de vergonha e culpa em relação à alimentação. 
Outros critérios incluem expressão de ansiedade ou angústia em relação à ingestão compulsiva, episódios de voracidade que ocorrem pelo menos duas vezes por semana durante um período mínimo de seis meses e compulsão alimentar sem recurso posterior a um método de purga (vómito auto-induzido, exercício excessivo, etc).




Tratamento


Os cuidados são comportamentais, com a mudança de estilo de vida, reeducação alimentar e a prática de exercícios ou farmacológicos.



Como em grande parte dos casos, a compulsão alimentar está associada à condição psicológica, os tratamentos indicados são acompanhamento psicológico, aconselhamento dietético e, se necessário, psiquiátrico e farmacêutico, voltados para o controle da ansiedade. 
Todavia, o tratamento não pode ser resumido à medicação, já que, pensar o tratamento nesses casos é um movimento multidisciplinar, onde os esforços se unem no sentido de melhorar a relação que o indivíduo tem com o alimento e as formas que encontra de lidar com as frustrações e ansiedades.

 As opções de tratamento para o transtorno  incluem aconselhamento/terapia, aconselhamento ou terapia familiar, terapia cognitivo-comportamental (para alterar os comportamentos alimentares), frequência de grupos de apoio ou terapia de grupo e aconselhamento e planeamento nutricional.
O tratamento mais frequente são feitos com antidepressivos, especialmente os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS), que também servem para tratar os mais prováveis transtornos associados (depressão, ansiedade e TOC). 
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) mostrou-se eficaz na manutenção da redução da freqüência da compulsão alimentar  e no desaparecimento dos sintomas. 
Em vários estudos com TCC são observadas melhoras na auto estima, nas dificuldades interpessoais, no humor e na qualidade de vida, além de um aumento do sentimento subjetivo de bem estar porém com sem reduções significativas no peso corporal.



O transtorno de compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum, embora muitas vezes mal compreendido. 
Qualquer informação adicional sobre o transtorno de compulsão alimentar deve ser procurada junto de um médico, um especialista em transtornos alimentares ou outros terapeutas relacionados com este tipo de condição de saúde.

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