Ela se joga na cama.
Se enfurna debaixo dos cobertores.
Abraça seus travesseiros.
Há se todos fossem como seus travesseiros.
Fofos. Aconchegantes. E mudos.
Ela observa seu quarto na escuridão.
Assim é melhor.
A bagunça some.
Digo. Não só a do quarto como a de dentro dela também.
Ela está uma confusão.
Não se entende.
Não entende mais o que faz.
Nem o que sente.
Ela acredita que seja só uma fase.
E que muito em breve as coisas vão mudar.
Se não mudarem.
Pelo menos ela acreditou.
Ta aí.
Talvez a chave seja acreditar.
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