Páginas

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O que a família significa pra você - PARTE II

Se você não leu a primeira parte desse texto mas quer lê-lo clique aqui.



 Terminei a Parte I desse post me perguntando sobre o significado de família.
Tinha acabado de brigar com minha irmã e consequentemente com minha mãe e estava chateada.

Sou a filha mais velha. Sempre tomei as responsabilidades minhas e da minha irmã.

Tive uma infância conturbada. Meu pai era alcoólatra e em seguida meu padrasto era psicopata. Na verdade foi bem violenta.
Aprendi a ter muitas responsabilidades desde muito cedo. Várias responsabilidades muito mais cedo do que devia.
Isso, com certeza me ajudou a me isolar dos meus colegas.
Mas eu gostava de ter responsabilidades, as pessoas confiavam em mim.
Tinha muito mais cobranças é lógico.
O problema é que minha mãe nunca reconheceu esses meus esforços.
Minha mãe não compra roupas, material escolar nem nada que seja de uso pessoal meu desde meus 12 anos. Nem meu dentista ela paga. Pelo contrário, ela vive brigando comigo porque não pago nem mesmo a conta de água.
Eu recebo 300 reais por mês. Nunca dá pra comprar tudo que preciso.
Sempre fiquei chateada por ver como era diferente a forma como as mães dos meus amigos os tratavam se comparado com a forma como minha mãe me trata.
Não. Minha mãe não é um monstro.
É apenas diferente.
Como disse no primeiro texto eu já entendi que não se pode mudar as pessoas e que, às vezes, ou melhor, quase sempre elas não pensarão ou enxergarão as coisas como você.
Minha mãe nos criou da forma dela. 
É verdade que as vezes eu fico chateada por ela não querer comprar o caderno do meu colégio que eu preciso e que não tenho dinheiro pra comprar. É verdade que as vezes eu acho que ela não consegue enxergar o quanto eu me ferro vindo estudar num colégio em outra cidade, fazendo uma viagem de mais de duas horas de ida e duas horas de volta, acordando de madrugada e chegando em casa a noite.
Mas ela enxerga sim.
Do jeito dela.
Ontem fiquei me perguntando se minha mãe realmente me ama. 
Sabe é tão clichê quando dizem que "o maior amor do mundo é o amor de uma mãe por um filho" ou qualquer coisa do tipo.
Minha mãe tem muito mais carinho pela minha irmã do que por mim. Isso é um fato.
Mas isso não quer dizer que ela não me ame. Eu e minha irmã somos pessoas diferentes assim como minha mãe também. 
É lógico que eu fico triste quando ela coloca em mim a culpa de tudo de ruim que acontece dentro de casa.
Mas no final das contas ela e minha irmã são as únicas que estiveram comigo sempre.
Sofremos juntas. Fizemos planos juntas. Acreditamos, oramos, choramos, saímos, batalhamos, sempre juntas.
Se ela não me amasse ela não estaria comigo.

O grande truque pra entender esse amor tão confuso é simplesmente entender que as pessoas são diferentes e que elas te compreendem sim mas demostram isso da forma delas.


Primeiro dia de aula

Esse provavelmente será meu maior texto do blog.
Deveria tê-lo digitado e postado na sexta feira passada, mas devido a alguns problemas técnicos quebrei meu mouse e estava usando só o restos mortais dele acabei não conseguindo fazer, mas como antes tarde do que nunca ai vai.


Hoje é sexta feira, mas pra mim é oficialmente meu primeiro dia de aula.
As aulas já estão ocorrendo desde a segunda mais por diversos motivos só consegui aparecer no colégio hoje...

É impressionante como tudo parece tão igual. A rotina realmente não é algo que me agrada.


São cinco da manhã. Levanto correndo pra não dar tempo de eu me arrepender e voltar  a dormir. Minha roupa já está no sofá, vou no banheiro, me visto, arrumo meu cabelo. Ligo o computador e vou na cozinha buscar um café. Enquanto espero os poucos minutos que me restam checo as redes sociais.
5:35. vou sair.
A rua está bem vazia e escura, mas eu não tenho medo desses tipo de coisa então ando tranquilamente.
passo em frente ao hospital. Tudo aceso como o de costume.
Chego ao ponto. A primeira, como sempre.
Logo chega o menino que é sempre o segundo a chegar. Ele é meu amigo, é um cara bacana e é super inteligente, está no último ano.
Ele puxa assunto. O mesmo assunto de sempre, conversando sobre o sono que estávamos sentindo.
Contei-lhe que devia ter dormido apenas umas duas horas naquela noite.
O ônibus chegou.
Entro primeiro. Aperto a mão do motorista e desejo-lhe bom dia.
Primeira poltrona, lado esquerdo, na janela. Esse é o meu lugar, desde sempre. O menino senta-se ao meu lado.
Tento dormir. Não consigo.
As pessoas vão chegando. Sempre a mesma ordem. 
O ônibus sai.
Os mesmos pontos. As mesmas pessoas. 
Começo a prestar atenção no cenário já que não consigo dormir.
Faz mais de um mês que não fazia aquele trajeto. 
Bom, pelo menos alguma coisa parece ter mudado. Algumas casas diferentes... novas lojas, obras crescendo, às vezes acho que o mundo não vai suportar um crescimento tão desordenado como o nosso.
2 horas depois...
Chego ao colégio. 
Estou um pouco ansiosa, admito.
Sinto saudade de algumas pessoas.
Chego a portaria. Bom dia para os seguranças.
Nossa! tinha me esquecido como a subida pro meu colégio é longa.
Reparo que cortaram a grama do campo de futebol. Brinco com o menino dizendo-lhe que os montes de grama seca parecem formigueiros gigantes. Nós rimos.
Chegamos ao pátio. Ele escolhe seguir pelo caminho mas rápido utilizando um desvio do refeitório.
Por um momento começo a segui-lo mas desisto e resolvo passar no refeitório para ver se encontro alguém conhecido. 
Chegando lá encontro a Carol. Abraço carinhoso de sempre. Gosto dela, é uma boa amiga.
Ela convida para me sentar junto a ela mas eu digo que tenho que subir.
Banheiro e água. Rotina novamente.
Subo as rampas e depois a escada.
Entro no corredor da direção. Tudo escuro.
Cheguei cedo como sempre, provavelmente fui a primeira.
Chego a porta da primeira sala: trancada. A porta do meu serviço: trancada.
lógico que se não tem ninguém elas estariam trancadas né, dããã
Vejo se a Ana chegou: nada.
Resolvo voltar e sentar com a Carol. 
Quando chego lá vejo que outras meninas já se aproximaram e sentaram com ela. Mesmo assim resolvo sentar. Sinto-me meio desnorteada mas isso é normal, vindo de mim.
Ela me pergunta sobre o trabalho e eu lhe digo que aparentemente continuam todos de férias e solto uma gargalhada.
Continuo ali, meio alienada. 
Chega a Laine.
Garota doidinha, mas eu gosto dela. Na verdade queria ser igual a ela, deixar de me preocupar um pouco com as coisas e apenas curtir, seria bom. Boa amiga.
Reparo nos "seus" novos olhos verdes. Comento que ainda não estou acostumada com eles. Falo também sobre o seu cabelo que agora está mais loiro do que ruivo tentativas de puxar assunto e conversamos sobre as férias e que a única coisa que todos parecem fazer nela é dormir. Ela diz que tem que subir para a aula e eu digo que vou subir também.
Paro para beber água e ela diz que vai buscar um livro na biblioteca. 
Vou checar meu trabalho pela segunda vez: nada.
Resolvo sentar na "minha" mesinha de sempre. Sabe a foto lá do inicio? é dela. A visão que tenho desde meu primeiro dia nessa escola, e a que tenho tido todos os dias desde então. 
Desço pela escada e olho pela janela: está vazia, que ótimo.
Chego ao corredor e fico na dúvida se desço pela rampa e passo pela porta o certo a se fazer ou se passo pela grama e chego mais rápido a mesinha fazendo assim que eu tenha menos chance de alguém chegar antes de mim e pegá-la.
Escolho passar pela grama.
Sento-me, coloco minha mochila próxima a mim e coloco meus fones de ouvido.
Começo a ouvir uma música mas resolvo escrever.
Desligo a música mas continuo com os fones nos ouvidos. Tentativa falha de tentar amenizar os ruídos de fora.
Resolvo tirar uma foto da visão de todas as manhãs (a foto lá de cima).
Começo a escrever.
Olho para a rampa. A Ana está passando. Resolvo esperar um pouco e, depois ir atrás dela.
Logo subo maldita ansiedade
Escolho passar pela grama outra vez. Mal hábito.
Subo as escadas, viro a esquerda, dou de cara com a Ana. Falo com ela.
Nossa! a minha voz quase não saiu! sempre me surpreendo com esse meu dom de ficar muda.
Ela me diz que vai fazer alguma coisa e que vai voltar bem rápido pra me dar as chaves do meu trabalho.
Ok. Não me importo de esperar. 
Encosto em uma parede próxima a saída. Estou do lado do terminal de ponto eletrônico dos servidores. tem uma câmera em cima de mim.
Começo a escrever novamente.
Algumas pessoas passam. Um professor de matemática, o professor de sociologia, o novo psicólogo do colégio... bom dia pra todo mundo.
Continuo escrevendo.
Sinto que a mochila já começa a pesar nos ombros.
Reparo como minha letra está horrível.
O calor está começando a incomodar.
Acho que a Ana esqueceu de mim.
Continuo escrevendo.
Vou até o corredor e olho as escadas, as rampas e o pátio lá de baixo: nada.
Volto pro corredor.
Percebo que não estou me recordando tão bem dos detalhes desse dia que mal começou.
Tenho a impressão que esse texto está ficando longo demais. Dou uma checada: 4 páginas! se continuar assim até o final do dia já terei escrito um livro sobre meu incrível primeiro dia de aula.
As pessoas vão e voltam, e eu continuo aqui. Encostada na parede, escrevendo garranchos.
Eles devem achar que sou louca.
Alguns dão bom dia, retribuo mas não tenho certeza se a minha voz saiu suficientemente alta para alguém escutar.
É. A Ana esqueceu de mim.
Me olho nos reflexos dos vidros do controle de turno. 
Chego as escadas.
Que horas são?
8:58.
Que ótimo!
Parece que estou a uma eternidade nesse lugar e a hora não passa.
Odeio ficar sozinha, a não ser que esteja no meu quarto ou na frente de um computador.
Reparo na árvore de frente para a janela.
Está florida. Acho ela bonita. Cacho de flores amarelas. Bem melhor do que com aqueles cachos de sementes que os meninos maldosos ficavam comparando com seus órgãos genitais.
Meu Deus! Onde está a Ana?
Deve fazer mais de meia hora que ela foi fazer um negócio rapidinho.
Vou conferir de novo.
Odeio esperar. Tenho neurose com horário. Queria que as pessoas fossem mais pontuais.
Vou ouvir música.
15 minutos depois....
A Ana aparece.
Diz que ela tinha esquecido de mim. Confirmado.
Pego as chaves da minha sala.
Até que enfim.
Ar condicionado. <3
Checo os papéis. Dois bilhetes.
A senha da internet. Que ótimo! 
tenho que recolher as folhas de ponto dos setores. Resolvo fazer isso mais tarde. 
Internet \o/
Vou digitar um texto que escrevi na madrugada passada.
Tenho rotina até para o computador.
Abro a página.
ctrl+shift+ N. Porque ninguém precisa ficar me bisbilhotando.
Facebook. Gmail. Blogspot.
Abro a webcam para ver o estado da minha cara. Gosto da webcam daqui, tem uma resolução péssima o que deixa minha pele sem espinhas. Gosto de ilusão.
Word para digitar o texto. Ou melhor, LibreOffice.
Começo a digitar. Como é lento.
Demoro mais de uma hora digitando. O computador está muito lento, a internet não abre, ta tudo travando, mal salvo o texto e desligo pra tentar ajeitar.
Reinicio o computador.
Voltou ao normal.
Abro o texto pra copiá-lo e postar no blog.
Espera... o texto não abre!
Como assim?! tentei de tudo quanto foi jeito e não abriu. Fiquei arrasada. 
Mais de uma hora jogada fora. Desisti do texto.
Peguei uma pasta e alguns papéis e fui organizar.
Depois mandei uma mensagem para uma amiga perguntando que horas ela ia chegar. Nem esperei responder e fui ao banheiro.
Na volta vi que ela tinha dito que já estava ali.
Nem esperei ela acabar, peguei a mochila, desliguei as coisas e sai correndo.
Fui procurar a Ana para entregar a chave.
Cade a Ana ??
Desisti e resolvi levar a chave comigo. Encontro a Ana na escada.
A Larissa está no nosso esconderijo. Uma escada alternativa que quase ninguém usa.
Chego ao corredor. Consigo ver que tem pessoas lá.
Vou me aproximando e não consigo conter um riso enorme. Tento ficar séria, em vão. Chego lá, estão Daniel, Thais e Larissa conversando. Sento no chão e pergunto se tem algum dever pra fazer.
Larissa me empresta para copiar.
Todos agem tão naturalmente que nem parece que ficamos um tempão sem se ver. Fico um pouco desiludida.
Estão conversando sobre futebol. Eu isolada modo on.
De vez enquanto falavam algo pra me incluir, basicamente me zoando, como sempre. 
Digo que está na hora da aula.
Vou no banheiro e beber água.
Resolvo passar na cooperativa, digo que eles podem ir indo pra sala.
Quando saio da cooperativa eles estão vindo.
Pergunto aonde estão indo e eles dizem que a aula será no laboratório de informatica hoje.
Fico surpresa. Na verdade fico com medo. Matemática na informática? não vem boa coisa por ai.
Ficamos imaginando mil coisas do que a nossa professora poderia estar tramando.
Ela não gosta muito da nossa sala então provavelmente não deve ser algo agradável.
Só estão nós três lá, fico perguntando se eles tem certeza que a aula é lá eles confirmam mas eu fico impaciente. Neurose com a hora de novo.
A professora chega. Está sorridente. Estranho.
Pega as chaves. Vai e volta. Depois abre a sala. Sentamos no fundo.
Ligo o computador.
Ela pede para vermos se o programa de gráficos foi instalado. Não foi.
Ela tem que instalar um por um.
Pede para irmos ligando os computadores.
Eu e Larissa fazemos isso rapidinho.
Volto pro meu computador. 
A professora diz para irmos fuxicando no programa.
Começamos a mexer. Fazemos bagunça. Rimos dos gráficos uns dos outros. Fazíamos formas diferentes em 3D. Alguns melhores que outros. A verdade é que a gente nem sabia o que tava fazendo.
Os alunos vão chegando e a professora continua instalando o programa.
Daniel me zoa e eu dou um tapa nas costas dele. O barulho foi maior que eu imaginava.
A professora olha pra mim. Rapidamente solto um "me desculpe".
Professora 1 x 0 Marcelly.
A aula foi divertida.
Não compreendia muito bem os gráficos mas é porque não compreendo a matemática.
O Daniel me ajudou.
Intervalo.
Fui comer o "pãozinho" que é como chamam o lanche por aqui.
Pão com queijo e suco.
Tava até bom, e eu estava com fome. Esqueci de almoçar.
Aula de física. Meu terror.
Sentei no lugar de sempre. Daniel continua ao meu lado.
O professor começa a aula. Ele já não explica direito, no calor então, joga as palavras na gente e pronto.
Me dá sono. Muito sono.
De vez enquanto falo alguma coisa pro Daniel.
A aula termina, pra mim sei tanto de física agora como no início da aula.
Digo ao Daniel que vou matar a próxima aula. Ele não parece satisfeito mas eu estou com muito sono.
As meninas dizem que vão também.
Tenho a brilhante ideia de procurar a minha segunda chave do trabalho no controle de turno e ela estava lá!
Vou pra minha sala ficar na internet.
Eles aparecem me chamando pra aula mas eu não vou.
Começo a escrever meu texto que perdi de manhã.
Coloquei os fones de ouvido numa altura enorme por alguns minutos. Mexi ma minha bolsa e quando vi tinha um garoto falando na porta comigo mas eu não o ouvia apenas via que falava algo. Ri um pouco mas parei por causa que estava no meu trabalho. É engraçado quando você vê mas não ouve as pessoas.
A hora passa e quando vejo já são 17:35!
Sempre desço pro ônibus às 17:30. Fico em choque. Eu perdi a hora.
Saio correndo.
Banheiro. Nada de água.
Desço andando depressa. Encontro a Laine no corredor. 
Digo que estou indo.
Chego a Guarita. O motorista já está lá, jogando dominó com os seguranças.
E o menino que é sempre o segundo também.
Os comprimento.
Fico esperando eles.
As pessoas começam a chegar.
Laine também chega. De vez enquanto ela pega carona no ônibus.
Começam a zoar a Laine  e ela se esconde atrás de mim, eu saio e ela puxa minha blusa.
Droga! ela esticou minha blusa predileta :(
O menino que sempre é o segundo diz pra mim que o ônibus já está aberto.
Chamo a Laine para irmos. Ela pede carona pro motorista e a gente vai.
Subo no ônibus.
Primeira poltrona a esquerda na janela.
Laine não senta ao meu lado.
Logo o menino que é sempre o segundo vem e senta ao meu lado.
Logo todos entram.
Dá 18:00 e o ônibus sai.
Começo a ler um livro mas logo pego no sono.
Acordo no ponto final, duas horas depois.
Já passam das 20 horas mas eu marquei de encontrar um novo amigo na praça.
Ele toca violão e disse que acha que canto bem.
Concordei de irmos cantar a toa na praça.
Vou até em casa.
Estou morta de fome. Como como uma ogra.
Vou tomar banho e me arrumo.
Entro na internet para falar com ele enquanto minha irmã termina de se arrumar.
Vamos para a rua.
Resolvo ir para a praça do centro.
Mais de vinte minutos a pé indo rápido. Já estou acostumada.
Chegamos lá.
Tinha mais gente do que eu esperava.
Estavam montando os equipamentos do show do dia seguinte.
Ele chega. Resolvemos sentar na mesa próximo as árvores. Meio escondido.
Tinha um bêbado na mesa ao lado.
Logo ele vem falar com a gente e quando percebo ele já está "tocando" violão e cantando.
Foi engraçado.
Fernanda e sua amiga chegam.
Achamos uma desculpa e despistamos o bêbado.
Quando percebemos que ele foi embora voltamos pra nossa mesa.
Vou tentando perder a vergonha mas é difícil.
Tentamos tirar uma músicas mas não deu muito certo.
Foi divertido.
Até que o maniaco das umas triangulares chegou.
Ele é um garoto que gosta de mim. Me conheceu a algumas semanas por acaso. Descobri que ele era meu vizinho e que ficava me espionando. Não gosto dele. E ainda por cima ele tem as umas triangulares e paga de gótico.
Todo mundo deixa ele de lado.
Então ele começa a ofender meu amigo.
Falar do pai alcoólatra dele.
Meu amigo começa a se estressar. Melhor irmos embora.
Saímos mas resolvemos continuar na praça.
Depois de um tempo fomos embora.
Cheguei tarde em casa e fui dormir mais tarde ainda.
Tenho tido muitos problemas para dormir.
Mas foi um dia agitado.
Boa noite.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Confiança

Esse deveria ser um texto divertido. Um texto que iria contar as loucuras e diversões de um sábado a noite. Mas a vida sempre vai me surpreender.

Digitei no Google o significado de confiança. Um milhão de textos reflexivos e o link do dicionário online.
s.f. Esperança firme em alguém, em alguma coisa: ter confiança no futuro. / Sentimento de segurança, de certeza, tranqüilidade, sossego daquele que confia na probidade de alguém: perder a confiança do chefe. / Segurança: não ter confiança em si. / Crédito: homem de confiança. // Dar confiança, dar importância a alguém, permitir intimidade. // Voto de confiança, no regime parlamentar, aprovação dada à política do governo.


Eu nunca tive muitos amigos. Na verdade, nem sei se tive um amigo se quer.
Sempre invejei minha irmã por isso. Sempre podia contar com alguém pra sair a noite ou ir na padaria. Eu nunca tive isso.
Não me julgue!
Nem sou tão anti social assim...
Conheço varias pessoas, mas ninguém que eu possa contar e confiar.

Ontem teve um show na praça na minha cidade
 Evento de graça, lógico que fomos.
Eu e minha irmã
 Ela tinha combinado de encontrar umas pessoas, “amigos”
Alguns que já conhecemos à algum tempo e outros que acabamos de conhecer.
Admito que ela não estava muito a fim de encontrar-se com eles
E eu também não tinha certeza, mas estava animada
Afinal tínhamos companhia diferente para se divertir
Começamos a beber
Eles chegaram.
Dentro de poucos minutos cada um foi para um lado.
Fui três vezes atrás deles. Três vezes eu os chamei. Tentei acompanha-los
Mas eles não queriam minha companhia
Incrível.
Consegue perceber como a culpa não é minha?
Enchemos a cara.
O único que sobrou foi o garoto que conhecemos a algumas semanas.
Ele é um cara legal. Meio pegajoso e um pouco pé no saco, mas é legal.
Eu não queria a companhia dele. Estava me divertindo
já estava bêbada e ele não parecia ajudar. 
tinha dinheiro e uma paleta que ganhei da banda que estava tocando, coloquei tudo na capa do meu celular. 
perdi dinheiro, paleta, só não perdi o celular.
meu amigo e meu ex namorado levaram a gente embora as 3:08 da manha.
estávamos mau, admito.
fiquei muito chateada por causa da paleta.
no dia seguinte...
as dores de cabeça e uma sede infernal: ressaca.
fui tomar banho de rio.
de tarde um monte de revelações.
conversei com esse amigo um tempão.
ele tinha nos ajudado. Foi o único que nos ajudou.
Merecia minha confiança.
Até que ele me contou...
disse que tinha visto eu deixando meu dinheiro cair. disse que viu o meu "colega"  pegando
disse que "achou" a paleta no bolso dele. Ou seja, ele viu o cara me roubando, viu meu estado e mesmo assim não fez nada. Ele sabia o quanto dava valor a paleta.
fiquei arrasada.
Confiava nele. Ele tinha me ajudado.
Não se tratava de valores.
O problema é que eu não consegui acreditar nele.

Foi então que comecei a me questionar sobre a confiança...
Sempre dei um voto de confiança pra toda pessoa que conhecia.
Meu lema era: confio até me derem motivo pra não confiar mais.
Esse lema é um lixo. Não vale a pena ficar quebrando a cara toda hora. As pessoas não dão valor.
Troquei meu lema. Agora é: Conquistem minha confiança e poderão contar comigo sempre.
Funciona muito melhor. 
Eu sei que as vezes ser fria e tratar as pessoas com descaso é um pouco difícil se você não for assim por natureza. Mas isso é o tipo de coisa que você aprende com a vida.
As pessoas dão valor ao que não tem.

A única pessoa que você deve realmente acreditar e confiar é em você mesmo.
Evite chateações e desilusões.

sábado, 25 de janeiro de 2014

A arte de se aproveitar a vida

Ok. Vocês devem estar resmungando agora “OK. Falou a velhinha né?!” ou então “Ata, e o que você sabe da vida?”.

Bom, esse é um texto sobre as minhas impressões sobre a vida até o dia de hoje.


Para começar a falar sobre o assunto gostaria de citar dois pontos importantes, pelos quais eu comecei a me questionar.

1° Existem muitos velhinhos de 18 anos e muitos jovens de 50 anos.
O que isso significa?
Eu interpreto isso de duas formas. A primeira seria que hoje em dia existem por ai muitos adultos que sabem aproveitar muito mais a vida e as oportunidades que ela lhes oferece do que os jovens, e isso não vai apenas por causa da experiencia de vida deles mas também pelo seu ânimo e alto estima. E a outra maneira seria a de que existem sim, por ai muitos jovens muito mais maduros e responsáveis do que muitos adultos. Não saberia dizer se isso vale para os idosos de 50 anos, por não conheço nenhum exemplo que possa ser citado, mas com certeza vale para muitos caras de 28/30 anos por ai. E talvez essa segunda forma de interpretar essa afirmação te responda as possíveis perguntas que foram feitas no começo do texto.

2° Se existe vida após a morte, reencarnação ou algo do tipo? 
Eu, sinceramente, não sei. Mas pelo bem ou pelo mal busco acreditar no seguinte pensamento que eu mesma criei pra mim: Que eu aproveite o máximo de cada momento. Que eu saiba apreciar cada experiência como única em minha vida. Que eu dance, cante e grite como se ninguém estivesse olhando. Que eu aprecie, aprenda e evolua a cada dia que se passar. E então, independente de outra vida ou não, já terá valido a pena.

Sempre me pego pensando sobre esse assunto. Na verdade não há nada que me instigue tanto como a vida e a arte de vive-la. O que é curioso pois a vida é algo tao complexo de se entender, ainda há tantas perguntas sem resposta e sinto que isso faz com que as pessoas em sua maioria, prefiram se afastar e não pensar sobre o assunto... o que na verdade, não é de todo mal, afinal enquanto estou aqui pensando sobre isso elas estão, ou podem estar, lá fazendo coisas mais concretas que refletir. Mas no final das contas isso é muito pessoal, afinal refletir pra mim faz uma diferença muito grande (e concreta) na minha vida. Faz com que eu melhore como pessoa. Que eu melhore a forma como vejo o mundo, as coisas e as pessoas a minha volta e com que eu melhore a forma como vejo cada momento. E isso é bom.
E hoje, enquanto tomava banho peguei-me questionando.
Como será a melhor forma de aproveitar a vida?
É lógico que como eu já disse alguma vez por esses textos, não existe fórmula para a maioria das coisas na vida, principalmente viver.
Mas enquanto pensava foram surgindo alguns pensamentos de coisas que vivenciei e que aprendi nesses quase 17 anos de vida. Pensamentos esses que resolvi compartilhar com vocês.

15 COISAS QUE PODEM LHE AJUDAR A APROVEITAR MAIS SUA VIDA

1- Pare de se preocupar com o que os outros acham, pensam ou digam.
2- As oportunidades aparecem. O tempo todo. Mas é você quem tem que ir atrás delas.
3- Você é capaz do que quiser, mas tem que se esforçar (muito) pra conseguir.
4- Não vale a pena perder seu tempo com um emprego que só lhe trará dinheiro.
5- O dinheiro é necessário, mas não lhe trará paz de espirito.
6- A paz de espirito é mais importante do que você imagina (e isso não tem nada a ver com ir pro céu).
7- Religião e fé são coisas diferentes.
8- Qualquer profissão que escolher poderá realizá-lo financeiramente, basta exercê-la com amor, dedicação e competência.
9- Você merece o que você acreditar que merece. E isso vale para o amor também. Principalmente para o amor.
10- O amor verdadeiro não existe somente uma vez na vida de uma pessoa. Você poderá amar quantas vezes quiser e nem por isso ele deixará de ser verdadeiramente único e inesquecível.
11- Cada coisa tem seu tempo, e cada um tem seu tempo e isso tudo varia muito.
12- Você sempre terá algo de novo para aprender. E essa é a graça da vida. Estamos em constante aprendizado.
13- Busque um motivo maior para sua vida, algo além dos bens materiais ou do ciclo de viver, isso fará você se sentir melhor, espiritualmente.
14- Você nunca terá tudo na vida.
15-Você não precisa de tudo na vida.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Amor platônico


Quem nunca teve um que atire a primeira pedra!
Pois é, é difícil achar alguém que nunca tinha tido algum amor platônico.
Bom, vamos por parte...
O que é um amor platônico pra você?
Pra mim, amor platônico é aquele cara do seu colégio, do seu ônibus ou até mesmo da sua cidade (no meu caso que é uma cidade minúscula que todo mundo conhece todo mundo) que você nem se quer sabe o nome, mas mesmo assim se pega pensando nele pelo mesmo umas cinco vezes na sua semana, e quando você vê já esta criando conversas imaginárias com ele, conversas essas que provavelmente nem vão acontecer.
Porque você esta escrevendo sobre isso Marcelly?
Pois é, amigos e amigas tenho um amor platônico e nem se quer sei o nome dele. (olá cara que nunca vai ler esse texto e que nunca saberá que me apaixonei por você). Me sinto uma completa idiota escrevendo isso.
Mas esse cara vale mesmo à pena?
Exatamente. Não vale. Me peguei pensando sobre isso hoje. Sai com dois amigos e minha irmã. Foi tudo muito divertido e eu o vi (touché). Mas daí eu parei para pensar... E se eu tivesse a oportunidade de conhecê-lo? Sinceramente falando, não acho que daria certo, até porque ele não parece querer nada sério, e eu também não sei se quero... E ao mesmo tempo, tem tantos caras legais bem na nossa frente esperando uma chance, e enquanto isso a gente fica igual umas idiotas se apaixonando por alguém que (no fundo) a gente sabe que nunca vai da certo... Isso é motivo pra se sentir uma idiota.
Abra seus olhos.

Não sofra por alguém que nem sabe que você existe.

Dê oportunidade pra quem merece sua atenção.

E, se mesmo assim você não esquecê-lo... Vá atrás dele.

As oportunidades não brotam do céu.

Ele não e vidente.

Você faz suas oportunidades.

Tatuagens que eu faria - Parte II

Então, como achei que o post sobre tatuagens estava ficando grande demais resolvi dividi-lo em partes. Se você não leu  a Parte I clique aqui e se você ainda está em duvida sobre se realmente quer fazer uma tatuagem porque não dá uma lida no texto que fiz sobre o assunto? para lê-lo clique aqui.

Continuando as tatuagens que gostaria de fazer, ai vão mais algumas dicas:

Borboleta
Elas podem significar transformação e renascimento, liberdade e independência, paz e sorte ou ainda beleza e delicadeza, tudo vai depender do modelo escolhido. Há uma crença amplamente difundida de que as borboletas são os símbolos físicos da alma humana.


Pássaros
Em geral, têm uma forte ligação com a religião, o misticismo e o sobrenatural. Simboliza também a liberdade alem de ser símbolo de boa sorte. Pode significar honra, dignidade, respeito e confiança ou representar o amor verdadeiro.


Outras tatuagens
O mapa múndi pode simbolizar o seu amor por viagens ou a vontade de conhecer o mundo inteiro.
A flor Dente de Leão simboliza a liberdade e pureza.
Para os amantes das artes, câmera fotográfica ou o simbolo de música pode ter um significado único pra você.



O apanhador dos sonhos trás proteção contra pesadelos,  trazendo diariamente boas energias.
As pessoas que escolhem o amor como prioridade em suas vidas podem escolher essa tatuagem ai de cima para gravar em seu corpo um lembrete que a chave do seu coração pertence a você e você pode entrega-la a quem quiser (essa foi minha interpretação).
Essa terceira é mais um exemplo pra quem é apaixonado por música, porem também pode ser interpretado como um menu de play/pause/adiante ou volte da sua vida (interpretação alternativa).
E, a ultima é pra quem gosta de ler ou escrever , ou mesmo pode ter um significado bem pessoal, por exemplo, imagino que no caso dessa pessoa seria como se aqueles cortes no braço, provavelmente por algum distúrbio psicológico que a pessoa tenha passado, fosse uma parte mas não o final da sua história.


O significado da tatuagem de infinito é a de constante mudança, de algo sem um começo ou fim pré-definido. Em diversas religiões orientais, o símbolo de infinito representa a ideia de reencarnação infinita e dos planos de existência. Em alguns casos é usada para simbolizar a união com outra pessoa.
o coração geralmente representa o “amor” ou o ”amor verdadeiro“. A tatuagem de coração também pode representar a paixão, sinceridade e compaixão. Diz-se que ”o coração é a fonte de todo o conhecimento”
essa terceira é um exemplo de tatuagem para se fazer entre amigos, cada naipe tem um significado, que pode ser distribuído a partir da característica de cada um.
As tatuagens de corujas podem significar a sabedoria e experiência, mas também  são associadas também como uma simbologia espiritual.

Mas vale lembrar: não esqueçam que o significado de cada tatuagem é totalmente pessoal.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Tatuagens que eu faria - Parte I

Então, se você leu o texto anterior e se deu conta que você realmente quer fazer uma tatuagem, ai vão algumas dicas de tatuagens que eu acho superlegais pra quem ta pronto pra essa experiencia diferente.

yin yang
Yin Yang é um princípio da filosofia chinesa, onde yin e yang são duas energias opostas. Segundo os chineses, o mundo é composto por forças opostas e achar o equilíbrio entre elas é essencial. No mundo das tatuagens, o símbolo do yin yang é dos mais populares, e representa o equilíbrio.


Diamante

Podem significar amorextravagânciafidelidade e até mesmo o infinito, porém o significado que mais gosto é esse: a mistura de opostos como a delicadeza e a resistência -um diamante só pode ser cortado/riscado por outro diamante. O diamante também transmite um significado forte, profundo e verdadeiro.


Pena
Delicadas, elas contem símbolo de espiritualidade. A escolha da tatuagem de pena pode vir de um parentesco indígena e simbolizar liberdade, sorte ou convicção. Pode ser significado de força e coragem ou pode simbolizar riqueza, renascimento e vaidade, tudo depende do tipo de pena escolhida.


Coroa
As tatuagens de coroa podem simbolizar Liderança, Poder, Imortalidade, Legitimidade, Justiça, Inspiração Divina, Cristandade e Autodomínio.


Âncora
Representa tranquilidade, firmeza e fidelidade. Além disso, ela também mostra confiança no mundo espiritual, dando a ideia de esperança.

Quando é a hora certa de fazer a primeira tatuagem?


Desde os quinze anos comecei a me interessar sobre tatuagens, porem é preciso tomar muito cuidado e conseguir diferenciar o interesse da influencia “do momento”.
Estamos em um momento em que a influencia hipster é muito grande.
Games, rock, animes e tatuagens hoje são coisas que podem te “transformar” de um Zé ruela pra um top model. 
O problema é que as modinhas passam, mas a tatuagem vai ficar.
Uma tatuagem é algo que fica marcado para sempre na sua pele, e essa é a primeira coisa que você precisa entender.
Você precisa se imaginar com 65 anos, e repensar se você gostaria de estar com uma folha de maconha tatuada na bunda quando chegar a essa idade (desculpem o exemplo, foi o primeiro ridículo que achei no Google).
Acho que a melhor dica pra se fazer uma tatuagem é fazer algo que tenha algum significado, mesmo que seja algo que só tenha significado pra você.
Eu vou fazer 17 anos e ainda não me considero pronta para a primeira tatuagem, mas foi o que eu disse em algum texto desses:
Tudo tem seu tempo,
e cada um tem seu tempo,
e tudo isso varia muito.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

E se eu não precisar do amor?

Esse texto é para todas as meninas que estão entrando na adolescência, ou que estão nela, e que não entendem muito sobre namorar (ou que estão se sentindo pressionadas).



Ô coisinha difícil de entender...
Sou criada numa família de “mulheres de dedo podre pra amor”, como diz minha mãe...
Durante minha vida inteira ouvi histórias e mais histórias de relacionamentos que não deram certo na família.
Era um tal de ouvir:
“Marcelly, estude menina, nunca dependa de homem, NUNCA!”,
“Marcelly, cresça e seja independente”,
“Marcelly, você tem é que estudar nada de namoradinho por enquanto ta?!” e por ai vai...
Sempre fui muito otimista na minha vida, sempre acreditei que poderia encontrar alguém diferente.  Alguém único.
“alguém que vai me fazer compreender porque não deu certo antes”
Como li no facebook algum dia desses...
Pra ser sincera, não tem dado muito certo não
Faz pouco tempo que entendi que cada coisa tem seu tempo
E que cada um tem seu tempo
E isso tudo varia muito.
E nem de longe namoro é minha prioridade
mas na real, a gente não escolhe quando vai conhecer
“alguém que vale a pena” como eu costumo descrever o porquê não estou namorando (Ta, mas esse não é o foco daqui)
A verdade é que é muito complicado
Esse monte de coisa que as pessoas acreditam que sejam obrigatórias “para uma vida normal”
Nascer, estudar, namorar, noivar, casar, ter filhos e morrer
É isso?
Eu sou mulher, o que torna as coisas muito mais complicadas
Às vezes sinto como se as coisas que estudo em história não sejam passado
(aquela história que falei do século XV de era moderna. Ta parei.)
Na real, parece que ainda é tudo muito parecido e isso me deixa confusa.
Sabe, eu estava pensando
Será mesmo que a gente precisa de um amor pra ser feliz?
E se uma profissão ideal, amigos e liberdade forem o suficiente?
Me sinto tão bem quando não estou “apaixonada” (platonicamente falando. Ou não.) por alguém, mas ao mesmo tempo as vezes sinto como se faltasse algo (carência, dããã), mas daí aparece alguém e eu fico sempre tão na duvida, tão com o pé pra trás, daí depois eu entendo que não era pra ser e sigo em frente.
Tenho percebido que amor não é minha prioridade. Quer dizer, não esse amor “carnal”, de homem pra mulher ou mulher pra homem, enfim.
Me sinto tão livre quando estou sozinha.
Não se preocupar de ficar dando satisfação pra ninguém. Não ter que ligar todos os dias.  Sair com meus amigos e não me preocupar se ele vai ficar chateado.
Não consigo me ver com alguém nesse momento e mesmo que algumas pessoas não entendam, eu acho isso perfeitamente normal.

moral da história: relaxem, a vida é bela e embora passe rápido curta cada momento o melhor possível. faça suas escolhas e não deixem que ninguém te diga quem você deve ou não namorar ou se você tem que ficar solteira ou casada. Quem sabe do seu coração é você.

O que família significa pra você? - PARTE I



Faz 32 horas que eu não durmo. Isso é quase dois dias. São 10 horas da noite.
Acabei de tomar um remédio calmante pra tentar dormir. Duvido que vá funcionar.
Briguei com minha irmã, o que significa que também briguei com a minha mãe.
Não gosto de brigas.
Eu sei que elas conseguem enxergar o meu esforço pra tentar ser uma boa irmã/filha, apesar de terem uma forma bem pessoal de demonstrar isso.
Encostei a cabeça pra trás. Poft. Droga, bati a cabeça.
Releio o trecho e faço a mesma coisa pela segunda vez.
Nunca vou esquecer da briga que tive com minha irmã uma vez.... Perguntei pra ela o porquê dela nem se quer reconhecer as coisas que faço e ela só disse “Desculpe por ser tão fria”, virou as costas e saiu.
Eu já entendi que não se pode mudar as pessoas e que, às vezes, ou melhor, quase sempre elas não pensarão ou enxergarão as coisas como você.
Dormi.
Pois é o remédio foi mais útil do que eu imaginava.
Acordei às 9 horas, mas voltei a dormir, agora são cinco da tarde e eu continuo sem falar com minha irmã.
Coloquei a senha no meu computador e ele escondeu o cabo da internet.
Temos um problema. Um belo problema.
Só posso te afirmar uma coisa. Quando você estiver lendo esse texto, com certeza, alguém já vai ter cedido, e sinceramente, é muito provável que esse alguém seja eu.
As coisas estão mais calmas, é lógico. Todo mundo já ta de cabeça fria (pelo menos na teoria). Esse tipo de briga me faz repensar o significado de família (porém, isso é tema pra outro texto).

To be continue...


Vamos falar sobre moda.


Então, meço 1,68 e peso 83 quilos (não acredito que falei meu peso, pela primeira vez na minha vida), mas é isso ai, sou gorda. Tenho olhos castanhos e cabelo com chapinha, ou pelo menos o que sobrou do meu cabelo depois das químicas fail que fizeram meu cabelo cair.
Não sou nem de longe a pessoa mais adequada pra falar sobre moda. Ou sou?
Afinal, o que é a moda pra você?
Moda pra mim é o que me faz sentir bem, bonita, confortável, é o que as pessoas usam nas ruas. Isso é moda.
Aquilo que as pessoas usam nas passarelas e que custam o valor da minha casa, em certos casos, não é moda pra mim.
Com certeza, você já deve ter ouvido isso várias vezes. Mas acreditem, clichê ou não, isso é a realidade, afinal se não fosse, não seria clichê.
Porque estou falando disso?
Pois é, ontem fui à rua procurar uma calça pra minha irmã.
Ela é alguns centímetros mais alta e quase quinze quilos mais magra que eu, o que torna as coisas alguns números mais fácil.
Toda vez que saio pra comprar calça jeans pra mim é a mesma luta. Na metade das vezes volto pra casa sem a maldita calça jeans, e nas outras vezes compro a única, entre as dezenas de calças que acabo experimentando, que coube em mim.
De uns tempos pra cá acabei chegando à conclusão que as roupas, em especiais os jeans, são feitos pra uma pequena parcela da população, as que tão na moda sabe? Aquelas altas, magras e “lindas”, e cada vez que saio pra comprar roupa fortaleço ainda mais esse argumento. Entro em lojas que simplesmente não tem roupas pro meu tamanho! Pois é, eu, que uso 42/44, que nem é algo absurdamente gordo não acho roupas pra mim.
Preconceito meu? Ou preconceito de quem pensa que pra ser bonita significa ser magra e alta?

Pois é, tire suas conclusões.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O que os números significam?


As cinco da manhã de hoje, sai da frente do computador e fui me arrumar pro colégio, uns quarenta minutos mais tarde sai de casa e fui para o ponto ônibus.
Logo meus colegas de ônibus começaram a chegar.
“Bom dia”
Na verdade nem tão bom assim. Mas ok.
Cada vez me surpreendo mais com a forma como consigo me excluir de um grupo de pessoas (não é o assunto desse texto, deixa pra lá).
Fiquei com o fone de ouvido numa orelha e ouvindo as conversas paralelas na outra.
Veja bem, isso não é ser fofoqueira, é apenas buscar inspiração nas outras pessoas. Quem escreve sabe muito bem do que estou falando.
Foi ai que comecei a ouvir uma conversa sobre seguidores, amigos, fãs e curtir.
Eu nunca vou conseguir me adaptar a ideia de que a quantidade de seguidores que você tem numa rede social possa te fazer famoso.
Anotei o tema no celular pra escrever sobre ele quando chegasse em casa. Bom, aqui estou refletindo sobre o assunto.
Pense bem.
Essa sou eu. A menina mais solitária do mundo (hipoteticamente falando. Ou não).
Não tenho ninguém pra conversar ou pra ligar chamando pra ir até a farmácia comigo me pesar.
No entanto tenho 500 mil seguidores no twitter o que faz de mim a pessoa mais amada do meu mundo.
Faz sentido pra você?
Se fizer me explique, por favor.
Eu sei que eu já disse que a nossa mente tem uma força maior que a gente possa imaginar, mas criar uma falsa sensação de amor, amizade com números numa rede social é maluquice. Fala sério?
Já se criaram classes sociais até nas redes sociais.
Classes sociais baseadas na quantidade de like, amigos e seguidores você tem.
Esses dias vi uma garota um pouco revoltada no facebook.
Ela tinha acabado de atualizar seu status de relacionamento.
Tinha acabado de colocar que estava namorando.
Aparentemente, ela já namorava a um bom tempo, mas ainda não tinha compartilhado isso no seu perfil da rede social.
Era um tal de dizerem:
“nossa que novidade”
“poxa, nem sabia”
“ate que enfim admitiu”
E ela revoltada disse:
“claro né, ate porque meu namoro só é de verdade se eu colocar no facebook que estou namorando”
Realmente, parem pra pensar.
Estamos numa época que tudo tem uma necessidade maior que o possível de ser compartilhada para só então se tornar real. Que a quantidade de likes na sua foto pode mudar seu dia.
E estamos esquecendo de viver nossas vidas reais. Ou será que nossa vida real está se tornando nossa vida virtual?


Isso tudo é uma grande ilusão.

Como vencer a timidez


Eu sou tímida. Ponto.
É a real, isso “já faz parte da minha personalidade”.
É o que dizia pra mim sempre.
Era minha desculpa quando não tinha mais assunto com alguém,
Quando eu não queria chegar no cara que eu estava afim a cinco meses
Ou mesmo quando eu estava com tanto pavor do celular tocando que me trancava no primeiro cômodo que aparecia na minha frente.
É lógico que o tempo ajudou.
A cada ano que passa você aprende mais coisas e vai compreendo melhor você mesma.
Vai aprendendo há lidar um pouco melhor com as pessoas e vai conhecendo as melhores formas de falar, pra você.
Vencer a timidez não é brincadeira.
Se eu consegui?
Que nada. É uma luta constante e incessante.
Todos os dias.
É complicado quando você só consegue conversar com as pessoas pela internet. Eu entendo muito bem como é isso.
Mas tudo tem seu lado bom né. O computador abre novos horizontes.
De uma forma meio torta, vou desabafando, colocando pra fora o que tem tirado meu sono todas as noites.
Conheço gente nova, e vou compreendendo melhor o que se passa na cabeça dos homens.
Vou me estudando e me redescobrindo.
A timidez é um bloqueio que você criou na sua mente (é parecido com o que a gente faz com matemática ou física).
É difícil? É.
Qualquer bloqueio que você tem que atravessar é difícil. Seja ele de pedras ou criado pela sua mente.
A mente exerce um poder muito maior do que a gente pode imaginar.
Mas a única pessoa que pode mudar isso é você.
Se liberte. Cante no meio da rua, chame uma amiga se puder (ajuda bastante).
Fale com aquele cara que você quer falar, pode ser sua ultima chance.
Eu sei como isso pode ser difícil. Mas a única pessoa que pode fazer isso por você é você mesma.
Se tiver sem coragem, lembre desse texto. Lembre dessas palavras. Lembre de mim (risos).
Todos nós pagamos micos de vez enquanto e não é nada demais.

Não existe fórmula pra vencer a timidez. Na verdade, não existe fórmula para vencer nada. Quem faz as fórmulas somos nós. Afinal, nas nossas vidas nada acontece na mesma forma duas vezes.

A importância de se ter um namorado


Estou acordada há dezoito horas seguidas, não consegui dormir essa noite.
São 08 horas e 03 minutos da manhã, deveria ter pegado o ônibus do meu colégio, mas ele não veio hoje.
Estou escrevendo desde as 11 horas da noite de ontem, mais ou menos. 
É impressionante como o assunto de um texto me leva a escrever outro texto e eu não consigo dormir.
Esse é o sexto post que escrevo nas ultimas 12 horas. É o meu recorde (risos).
Escrevi e rascunhei algumas dezenas de páginas nas últimas horas e se tem uma coisa que realmente me chamou a atenção foi à quantidade de vezes que eu repeti a frase: “arrumar um namorado”.
Eu realmente me assustei. Desde que comecei a me interessar por rapazes eu nunca levei esse assusto de namoros tão a serio, nunca foi minha prioridade. Sempre acreditei no “tudo tem seu tempo”.
Mas é impressionante como todo assunto que escrevo me leva ao mesmo ponto. Arrumar um namorado.
Porque isso é tão importante pra uma mulher?
Nos dias de hoje, o mundo tão “moderno” como mostra ser, as mulheres independentes e sozinhas são vistas como “encalhadas”.
As meninas crescem ouvindo que tem que se arrumar porque se não, não conseguirão “arrumar um namorado”. Eu cresci ouvindo isso.
É complicado, estranho e até confuso você perceber que não é isso que você quer. Que as suas prioridades NÃO são arrumar um namorado.

Você já se pegou imaginando como seria se você não se casasse?

É tipo viver solteira, ir a festas, beber e ficar com caras que não verá nunca mais, viajar sozinha e ter a SUA casa.
Como se sente pensando assim?
Como uma insana ou uma piranha?
Pois é. Se você se sentiu assim é a hora de mudar algumas coisas nessa sua cabeça.
Eu também me senti assim. Me achando louca só de pensar em passar a vida inteira “sozinha”.
Às vezes me sinto como se ainda vivêssemos no século XV. Seria o novo século XV da era moderna? (não pira, Marcelly).
É complicado você mudar certas coisas que sua família põe na sua cabeça quando é criança.
Você entender que essa é a SUA vida e é VOCÊ que tem que decidir o que fazer com ela.
Pare de se importar com o que os outros pensam ou acham. Não de ouvidos as opiniões que não tem nada a lhe acrescentar. Acredite em você e faça o que você quer.

Se você quer um namorado; tenha.
Se não quer; não será menos feliz por causa disso.
Se quer pintar o cabelo de azul; pinte (mas tenha cuidado).
Se quer viajar pro Afeganistão; vá (mas tenha cuidado).

Já deu pra entender a ideia, não é?

Roer as unhas, namorados e doces

Bom, esse é um texto falando um pouco sobre o porque roer unhas não tem nada a ver com você estar solteira.


Certa vez quando eu tinha uns dez anos,
uma moça, parente minha por sinal,
 me disse, na frente de todo mundo
que se eu não parasse de roer as unhas jamais conseguiria um namorado.
Na época fiquei bastante confusa.
Confusa, pois não conseguia entender o porquê das mulheres darem tanta importância por causa de “arrumar um namorado”.
Confusa, pois não entendia a diferença que ia fazer uma unha roída na hora de “arrumar um namorado”.
E confusa com que doce eu iria escolher: um Galak ou um Chokito (risos).
Agora aqui estou eu, sentada no canto da minha cama, pensando em um milhão de recordações da minha infância e escrevendo enquanto eu deveria dormir.
Olhei pras minhas unhas. Roídas, Grrrrr!
Quase dezessete anos  e continuam roídas...
Perdi a conta de quantas vezes já tentei parar de roer as unhas, mas nada da certo, em fração de segundos quando vejo as unhas já se foram (tchau unhas).
Uma vez li que as pessoas que roem unhas normalmente têm algum tipo de separação entre os pais. Bom, está ai um belo argumento, meus pais se divorciaram e é por isso que roo as unhas (tá, parei).
Olha, não estou aqui instruindo ninguém a roer as unhas, até porque isso não á um habito saudável, mas estou dizendo que NÃO (é isso ai moça que disse que não vou arrumar namorado), roer as unhas NÃO fará você não ter um namorado. Não tomar banho ou ser mal educada talvez. Mas roer as unhas?
Tenho as unhas curtas por natureza, a mão pequena e os dedos gordinhos e não a nada que eu faça que vai me fazer ficar com as unhas assim:




(E sinceramente, nem gostaria de ficar com as unhas assim, me sentiria um gavião)

Pode ter certeza que um homem está muito mais preocupado com o seu perfume, seu sorriso ou até mesmo com o tamanho da sua bunda (é, bem fútil assim) do que com o fato de você roer as unhas.
Tentei me basear em dados numéricos pra provar que os homens não se preocupam com as unhas serem curtas, mas esse tipo de coisa e mais difícil de se achar do que parece.
O que descobri é que, de um modo geral eles não se importam se sua unha é curtinha, na verdade eles ate preferem, o que importa é que seja bem cuidada, arrumadinha e tal.

Moral da história: Não fique com complexo e nem deixe de ser quem você é, nem acredite no que moças que sejam sua parente digam pra você. Sempre existirá um cara que vai gostar de você do jeito que você é, e mantenha as unhas ajeitadinhas, não importa se elas são enormes ou pequenininhas ;)

O dom de escrever



Se eu tenho esse dom?
Sinceramente, eu não sei.
Tenho tentado passar para o papel tudo o que tem se acumulado na minha cabeça e tenho visto como é difícil se expressar por palavras.
Nunca fui boa falando e não deveria ser diferente escrevendo.
Mas sinto que cada palavra que escrevo como se fosse um espacinho que libero no meu cérebro ou no meu coração.
É... as palavras andam me sufocando.
Liberar essa mistura de sentimentos, emoções e sensações me trás uma sensação inexplicável. Transmitir isso pro papel (ou melhor, pra tela do seu computador) me trás uma, ótima, sensação de alivio.
Faz pouco tempo que resolvi voltar a escrever (algumas horas na verdade) mas estou impressionada com a quantidade de frases, textos, palavras e sentimentos que já transferi nessa dezena de papéis à minha volta.
Às vezes tenho a sensação que vou me afogar em meio a tantos papéis. Isso com certeza é melhor do que se afogar em pensamentos.

É, talvez seja um dom. Na verdade eu espero muito que isso seja um dom.