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domingo, 6 de abril de 2014

As palavras







Mudei minha tática.
Ao invés de objetos,
Agora presenteio com palavras.
Somente as pessoas que amo podem recebê-las.
Alguns não compreendem.
Até não dão valor.
Agora.
Mas algum dia compreenderão.
As palavras são eternas.
Alguns bens não duram um terço delas.
Aproveito o presente e digo o que a boca não consegue dizer.
Escrevo paródias das palavras bonitas.
Passei muito tempo tentando entender essa mania de escrever nos lugares mais inapropriados.
Na van superlotada.
Na fila da carne.
No meio da festa.
Andando na chuva.
Descobri que elas precisam sem impulsionadas a aparecerem.
E são as pessoas. Os sentimentos. As paisagens. A energia.
Que às acordam.
Ás vezes elas vem à mim.
Às vezes eu vou até elas.
Corro. Pulo. Grito. Canto. Busco.
E elas vem. Nunca me faltam.
Na verdade elas sempre estiveram aqui. Comigo.
Mas por muito tempo eu não as enxerguei.
Por isso elas se esconderam.
Ficaram meio perdidas.
Agora sou eu quem vivo procurando-as e elas tem aparecido.
Se aproximando novamente.
Estou me apaixonando por essas palavras.
Talvez seja amor.
Elas são meu refugio.
Minha solução.
A minha cura.

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